O presidente Lula arrancou uma surpreendente concessão dos militares. O ministro da Defesa, José Múcio (foto), disse a jornalistas nesta quarta-feira (20) que as Forças Armadas vão contribuir com o corte de gastos – e "exatamente como o ministro [Fernando] Haddad pediu".
Os termos dessa contribuição não foram divulgados oficialmente, uma vez que o pacote de contenção de despesas continua no forno. Mas sabe-se que ela envolve o sistema de proteção social dos militares. Ou seja, questões relativas a veteranos e pensionistas.
O titular da Defesa afirmou que as Forças Armadas estão "dando o exemplo, um sacrifício para resolver o problema do país". Ele deu a declaração logo após comentar as prisões de quatro militares suspeitos de envolvimento em uma trama para assassinar Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
SDobre esse caso, Múcio afirmou que os membros do Exército agiram por contra própria e defendeu que, se culpados, sejam punidos os que "mancham o nome das Forças Armadas".
Em se tratando de governo Lula, corte de gastos e benefícios de militares, recomenda-se não esperar grande coisa. Sempre há tempo e espaço para atrasos, reviravoltas, asteriscos e letras miúdas.
E o impacto fiscal das alterações nas Forças Armadas tende a ser pequeno; o efeito buscado pelo governo é mais simbólico, de indicar que o esperado ajuste fiscal não afetará apenas os mais pobres.
Fonte: Gazeta do Povo