Mesmo com os impactos do lockdown na pandemia ainda presentes, e com os reflexos da guerra na Europa afetando o mundo inteiro, o Brasil conseguiu manter a inflação sob controle, com índice menor do que na maioria dos países desenvolvidos, e ainda gerou uma quantidade de empregos formais bem acima das expectativas para um período de crise.
Com o anúncio de que o atraso na coleta de dados do censo levou o IBGE a adiar para 2023 a divulgação dos dados de desemprego referentes ao trimestre móvel encerrado em novembro, o último indicador do mercado de trabalho publicado no fim de mandato de Jair Bolsonaro foi o do Caged, do Ministério do Trabalho e Previdência.
O número de novembro foi mais uma vez positivo, com a abertura de 135,5 mil vagas de trabalho com carteira assinada – o Caged mede apenas o emprego formal, ao contrário dos dados do IBGE, que também incluem informais e autônomos.
O destaque ficou a cargo do comércio (quase 106 mil novas vagas) e dos serviços (92,2 mil novos postos de trabalho), dando continuidade à recuperação de um setor fortemente prejudicado pelas restrições impostas durante a pandemia de Covid-19.
Com isso, o saldo de 2022 até agora é de quase 2,5 milhões de novos empregos com carteira assinada, pelos números do Caged – é possível que o ano termine com um resultado ligeiramente menor, pois dezembro é tradicionalmente um mês com mais demissões que contratações, independentemente de a economia estar aquecida ou deprimida.
Se considerarmos ainda os dados do IBGE até o momento, com o desemprego recuando de 11,1% no trimestre móvel encerrado em dezembro de 2011 para 8,3% no período de agosto a outubro deste ano, é inegável que Bolsonaro entrega a Lula um mercado de trabalho com bons resultados, embora ainda haja muitos desafios a enfrentar.
Com informações da Gazeta do Povo