Depois de prometer enfaticamente reajustar a tabela do Imposto de Renda, isentando todos os que ganham até R$5 mil, Lula, Haddad e Tebet (que trinca, hein?) decidem deixar tudo como está.
O resultado disso é uma curiosa forma de inclusão social na qual o pobre que ganha um salário mínimo e meio (cerca de R$1.900) será obrigado, a partir deste ano, a pagar o famigerado imposto. Em vez de assumir a bronca, porém, o PT se sai com uma desculpa esfarrapada e, no mínimo, semimentirosa.
A Ministra do Planejamento, Simone Tebet do MDB, aquela mesma que na campanha prometeu uma bolsa de 5 mil reais para todos os estudantes que concluíssem o ensino médio, disse que não pode alterar a tabela do Imposto de Renda, para não deixar de arrecadar, e que poderá pensar nisso a partir do ano que vem, já que tem 4 anos para tomar a decisão.
A Ministra usou o argumento de que não pode reduzir o imposto este ano, porque isso iria contrariar o princípio legal da anterioridade, que determina que as mudanças na lei de tributos só possam ser aplicadas no ano seguinte à sua regulamentação.
Ela só esqueceu de esclarecer um detalhe muito importante, que entregaria a sua má fé: este princípio da anterioridade só se aplica a aumentos de impostos, não a reduções.
No final das contas é isso mesmo: mas uma mentira que virou dura realidade e explodiu como uma bomba no colo do povo: além de não ter picanha pra todo mundo, pobre agora terá que pagar imposto de renda para sustentar a lagosta das altas cortes brasileiras.
Com infomações de Paulo Polzonoff/Gazeta do Povo