Por J.R. Guzzo - Gazeta do Povo
O governo progressista, esquerdista e latino-americanista da Colômbia, aliado preferencial do Brasil de Lula e de sua nova “política externa”, acaba de tomar uma decisão inédita, possivelmente, em todo o mundo.
Vai propor que traficantes de drogas que abandonarem o tráfico conservem 6% do lucro conseguido com a prática de seus crimes; é como se fossem uma indústria, ou uma rede de lojas, em negociação com as autoridades fiscais do governo.
Os barões da venda de narcóticos terão de cumprir, segundo a proposta, uma série de obrigações – entregar reféns, armas, menores de idade que forçaram a entrar no tráfico, rotas de distribuição de drogas, mecanismos de lavagem de dinheiro e, talvez, rezar três Ave-Marias.
Terão direito, então, a legalizar parte do dinheiro que ganharam com a venda de entorpecentes em todo o mundo. Estão chamando isso de “Paz Total”.
Eis aí a verdadeira essência de toda a discurseira política sobre a “pacificação” da Colômbia: dinheiro. Dizem que é “ideologia”, ou “visão popular” do tráfico e outras coisas de grande mérito, mas a verdade está no projeto do governo. Só Deus sabe quantos milhões ou bilhões de dólares vão caber nos “6%” oferecidos aos traficantes, ou quantos dos virtuosos compromissos assumidos por eles serão de fato cumpridos.