Ao se apresentar nesta terça-feira (4) a um tribunal em Nova York para a leitura das acusações contra ele, Donald Trump, o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a se tornar réu num processo criminal, acirrou ainda mais o xadrez político americano para a eleição de 2024.
Como é quase certo que Joe Biden tentará a reeleição, a dúvida que resta é quem será o adversário do democrata na oposição republicana.
Trump afirmou que manteria sua pré-candidatura apesar dos seus problemas legais, e desde que foi divulgada a notícia de que seria acusado pelo caso de suposto pagamento para silenciar uma atriz pornô com quem teve um caso, muitos se perguntaram se ele poderia participar da corrida presidencial à Casa Branca no ano que vem.
Juristas entrevistados pela imprensa americana sustentam que sim. “Legalmente falando, não há nada que impeça um ex-presidente indiciado por um crime de concorrer a um cargo - até mesmo se [tiver sido] condenado”, disse Jessica Levinson, diretora fundadora do Instituto de Serviço Público da Loyola Law School, ao jornal USA Today.
Trump e sua equipe apostam que a desqualificação moral dos que tentam incriminá-lo, rende mais popularidade do que desgaste. O raciocício é de que, se seu adversário joga sujo quando lhe agride, quem perde é ele, e não você, porque a maior parte do público acaba percebendo a manobra.
Talvez por isso, Trump não tenha feito objeção alguma em comparecer à audiência na justiça. A estratégia parece ter funcionado. O episódio lhe rendeu um dia inteiro de exclusividade na mídia americana, e quem saiu desgastado foram os acusadores, já que muitas inconsistências nas acusações e várias relações estranhas entre eles acabaram vindo à tona.
Está óbvio para os americanso esclarecidos, que o principal objetivo desses processo não é prender Trump, mas desagastá-lo para que se torne um adversário fraco na dispiuta da eleição, como estão tentando fazer com Bolsonaro aqui no Brasil.
Com informações da Gazeta do Povo