Fábio Galão/Gazeta do Povo
Assumindo um papel que já foi dos Estados Unidos, a China tem buscado cada vez mais exercer influência na geopolítica mundial ao mediar acordos para fim de hostilidades entre outros países.
O grande triunfo chinês até o momento foi o anúncio, feito em março, do restabelecimento das relações diplomáticas entre Irã e Arábia Saudita com mediação de Pequim, após sete anos de laços rompidos entre os dois países.
Mas a China não quer parar por aí. Pequim sugeriu um plano de paz para encerrar a guerra entre Ucrânia e Rússia e na semana retrasada o ditador Xi Jinping conversou pela primeira vez desde o início do conflito com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Antes, líderes ocidentais, como o presidente francês, Emmanuel Macron, haviam pedido para que a China utilizasse sua influência junto ao presidente russo, Vladimir Putin, para que fosse alcançado um cessar-fogo na Ucrânia.
Outro conflito, muito mais antigo, se tornou alvo das investidas diplomáticas de Pequim. O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, tem entrado em contato com altos funcionários israelenses e palestinos com o objetivo de iniciar negociações de paz e implementar a solução de dois Estados na região.
Em conversas com os ministros das Relações Exteriores de Israel e da Palestina, Eli Cohen e Riyad Al-Maliki, respectivamente, Qin argumentou que a China está “pronta para facilitar” essas conversas.