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Eterna Roma - Mderno nem sempre é bom
Cultura
Publicado em 29/05/2023

Por Henrique Bredda

Moderno vem do Latim "modernus" (atual, pertencente aos nossos dias), vem de "modo" (agora, de certa maneira).

O que é moderno necessariamente morre, é perecível, passa. Algo que é moderno, no minuto seguinte já se torna 'fora de moda', ultrapassado.

Quando se analisa duas ideias onde uma delas é mais moderna do que a outra, implica necessariamente que as duas ideias estão fadadas a morrerem. O que é moderno não pode ser eterno. Só o que é eterno é que permanece.

O mais evidente é com relação às ideias. Nada morre mais rápido (ou mata mais rápido) do que uma ideia moderninha.

Quando cobram certas instituições, como a Família, o Matrimônio ou a Igreja, por exemplo, para que se modernizem, o que está implícito aí é a vontade de torná-los perecíveis, mortais, temporais, de convertê-los em mais uma instituição que desaparece.

Essas instituições não têm que se 'modernizar', pois já são eternas.

O curioso é que embora a Família, o Casamento e a Igreja não sejam 'modernos', eles nunca saem de moda.

O mesmo ocorre com a Ilíada, Dom Quixote, Beethoven, etc.

Roma, parabéns pelos seus 2776 anos (21 de abril de 753 a.C). A cidade que começou pelo lendário Enéas de Tróia, passou por sua genesi simbólica com Rômulo e Remo, teve seus lendários imperadores Júlio César e Constantino, mas verdadeiramente se consolidou e cristalizou sua eterna vocação com São Pedro e São Paulo.

Nova York pode até ser moderna, mas Roma é eterna.

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