Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada neste sábado (5), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que, pela primeira vez, estados do Sul e do Sudeste atuarão em bloco no Congresso para evitar perdas econômicas.
Os governadores das unidades federativas das duas regiões estão organizados no Consórcio Sul-Sudeste (Cosud), atualmente presidido por Ratinho Júnior (PSD), do Paraná.
“A cada 90 dias, nós nos encontramos para trabalharmos de forma conjunta. A última reunião foi em Belo Horizonte. Tem muita coisa que um estado faz melhor que o outro”, afirmou.
“Também já decidimos que além do protagonismo econômico que temos, porque representamos 70% da economia brasileira, nós queremos – que é o que nunca tivemos – protagonismo político.”
“Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos”, declarou.
Uma das primeiras ações do grupo nesse sentido foi durante a votação da proposta de reforma tributária na Câmara dos Deputados. O texto original previa um conselho federativo para gerir o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) com representação igualitária de cada estado.
“Nós falamos ‘não, senhor’. Nós queremos proporcional à população. Por que sete estados em 27, iríamos aprovar o quê? Nada. O Norte e Nordeste é que mandariam”, disse o governador de Minas Gerais.
“Pela primeira vez, um dia antes da reforma tributária ser votada, nós convidamos todos os 256 deputados federais (metade da Câmara dos Deputados) do Sul e do Sudeste. Os do Norte e Nordeste estão muito na nossa frente.”
Fonte: Gazeta do Povo