Lucas Saba/Gazeta do Povo
Deputados do PT e do PSOL ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nos últimos dias, cobrando providências do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, do que eles têm chamado de “chacina da Baixada Santista”.
Um comitê foi criado por parlamentares da oposição com o objetivo de realizar incursões no Guarujá para apurar a Operação Impacto, dias depois renomeada de Operação Escudo pelo governo paulista. “Entramos com uma representação no Ministério Público para apurar a operação.
Também estamos aguardando uma reunião com o procurador-geral de Justiça, Mário Sarrubbo, além do comitê de crise que foi criado para apurar os fatos”, disse o deputado líder da federação composta por PT e PCdoB, Paulo Fiorilo (PT).
Sarrubbo chegou a classificar a operação como um “fato grave” e disse que o número de mortos - 16 - "não é normal". A polícia prendeu 58 suspeitos desde o começo da operação. Quatro deles estão envolvidos no homicídio do soldado da PM Patrick Bastos Reis.
A Secretaria da Segurança Pública paulista afirma que as operações não são uma retaliação pela morte do policial.
A pasta reitera que a operação já estava em curso, na tentativa de combater as facções criminosas que tomaram conta de Santos e Guarujá. Tarcísio reafirmou a posição do governo em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, na última segunda-feira (31).
A Defensoria Pública de SP solicitou, na quarta-feira (2), que sejam colocadas câmeras em todos os policiais do estado, além do fim imediato da Operação Escudo no Guarujá. O ofício ressalta que a operação em curso é a segunda mais letal do estado, atrás do Carandiru com 111 mortos.