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Crise no Equador - Medo e insegurança
Política Internacional
Publicado em 12/08/2023

Por Karina Michelin

A irmã de Fernando Villavicencio, Patricia Villavicencio, em discurso ao vivo na TV em Quito aparece decepcionada, sofrida e indignada, usou duras palavras, culpou tanto o governo atual de Guilhermo Lasso, quanto Rafael Correa pelo assassinato de seu irmão, afirmando que essa foi uma conspiração contra a democracia:

“Eu responsabilizo esta noite, perante ao mundo e ao país a grave crise criminosa que estamos vivendo. Eu responsabilizo o governo nacional, o ministro do interior. Onde está a segurança? Nós perdemos um líder, um líder do país, acabaram de matar a democracia. Mataram um homem que estava lutando há 20 anos por cada um de vocês. Não queriam que o governo acabasse com a corrupção, agora somos nós - a família, que somos perseguidos há muitos anos. Mas não irão nos calar, lá em cima há um Deus justo e a justiça de Deus cairá sobre cada um dos responsáveis. Se Fernando se calou com sua morte, as pedras falarão, Deus não vai deixar assim. Aqui estão as sementes de todos os equatorianos, levantamos a voz para esse irmão, esse líder, valente - eles são uns covardes, maldito governo que não fez nada para protegê-lo. É um complô, eu denuncio perante ao mundo, se algo acontecer conosco e com nossas vidas eu responsabilizo o governo, responsabilizo Correa e a todas as gangues criminosas. Não vão nos calar!”

Correa, Lula e o Foro de São Paulo possuem um elo fortissimo, talvez isso explique o silêncio de Lula e todos os líderes que fazem parte do Foro em relação ao assassinato de Villavicencio - que tinha como objetivo enfrentar o narcotráfico e denunciar as ligações diretas dos países da América Latina com os criminosos.

O atual presidente Guilhermo Lessa, disse que a eleição presidencial marcada para o dia 20 de agosto irá acontecer normalmente: “ A partir deste momento, as Forças Armadas estão mobilizadas em todo território nacional para garantir a segurança dos cidadãos, a tranquilidade do país e as eleições livres e democráticas de 20 de agosto”.

Equador tinha medo de virar Venezuela, mas agora parece algo muito pior - a Colômbia dos anos 80.

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