O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ter sido hostilizado e agredido por três brasileiros, por volta das 18h45, à espera do embarque. Estava acompanhado da mulher e do filho, Alexandre Barci, de 27 anos.
Os agressores seriam Roberto Mantovani, Andreia Munarão e Alex Zanatta, que moram na cidade de Santa Bárbara d'Oeste, no interior paulista.
Os três tiveram a vida completamente devassada depois do episódio. A então presidente do Supremo, Rosa Weber, autorizou a Polícia Federal, liderada por Flávio Dino (ministro da Justiça), a fazer buscas contra eles.
Os agentes levaram celulares e revistaram o carro da família. Suas vidas foram expostas, e o trio foi tratado como criminoso pela velha imprensa.
Há duas versões. A primeira, do próprio Moraes, de que foi alvo de hostilidades – "fraudador das urnas", "bandido", "comunista" e "comprado" – e que seu filho foi agredido fisicamente.
Os brasileiros afirmam que quem arrumou a confusão foi o filho de Moraes. Dizem que tudo não passou de uma discussão, um momento de tensão.
Nesta quarta-feira, 4, surgiram fotos – frames dos vídeos proibidos. A velha imprensa, de novo, se apressou em dizer que as imagens "parecem mostrar" ou "indicam".
O documento da polícia diz que Roberto Mantovani "aparentemente" bateu com "hostilidade" no rosto do filho do ministro.
Ou seja, se a polícia não conseguiu comprovar, como houve alguma agressão?
Como os vídeos não têm áudio, é impossível comprovar sequer o que foi dito pelas duas partes.
Dias Toffoli prorrogou o inquérito. Não era necessário: basta exibir as imagens para que os brasileiros tirem suas próprias conclusões.
Fonte: Revista Oeste