O gabinete encarregado da segurança nacional em Israel anunciou oficialmente um Estado de guerra, de acordo com informações da assessoria de imprensa do governo israelense neste domingo (8).
A justificativa para essa medida foi a guerra que, segundo o órgão, foi imposta a Israel em um ataque terrorista fatal originado na Faixa de Gaza.
Os ataques realizados pela organização terrorista Hamas contra Israel, incluindo o lançamento de 2.200 foguetes, sequestros de civis e a perda de vidas, incluindo mulheres, jovens e crianças, foram amplamente divulgados pela imprensa internacional.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu uma resposta poderosa em retaliação ao ataque dos palestinos.
A declaração de guerra foi efetuada com base no Artigo 40 da Lei Básica de Israel, de acordo com a assessoria de imprensa do governo. Israel não possui uma Constituição, mas suas 13 Leis Básicas desempenham um papel semelhante ao de uma Carta Magna no país.
O principal oficial das Forças de Defesa de Israel (IDF), responsável pelas operações nos territórios palestinos, afirmou que o Hamas "abriu as portas do inferno" após os ataques. Até o momento, cerca de 1.000 pessoas morreram no confronto, tanto do lado de Israel quanto do Hamas.
Rússia e Ucrânia
A Rússia demonstrou sua inquietação diante da escalada do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, conforme afirmado pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, em um comunicado divulgado pela imprensa estatal russa neste sábado (7).
O governo russo informou que está mantendo contato com todas as partes envolvidas no conflito, bem como com nações árabes. O vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, foi destacado como um dos interlocutores nesses diálogos.
"Instamos tanto o lado palestino quanto o israelense a adotar um cessar-fogo imediato, a rejeitar a violência, a demonstrar a moderação necessária e a, com o auxílio da comunidade internacional, iniciar um processo de negociação com vistas a alcançar uma paz abrangente, duradoura e há muito aguardada na região do Oriente Médio", disse a porta-voz.
No mesmo sentido, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia também emitiu uma declaração à imprensa condenando veementemente os ataques terroristas em curso contra Israel, incluindo o lançamento de foguetes contra áreas habitadas de Jerusalém e Tel Aviv. O governo ucraniano expressou seu "apoio ao direito de Israel à autodefesa" e solidariedade com o povo israelense.
"O terrorismo não deveria ter lugar no mundo, porque é sempre um crime, não apenas contra um país específico ou contra as vítimas deste terror, mas contra a humanidade em geral e todo o nosso mundo", escreveu o presidente ucraniano Zelenskyy no X, antigo Twitter.
Líderes internacionais também reagiram ao ataque surpresa perpetrado por terroristas palestinos do Hamas contra Israel nas últimas horas. O apelo comum desses líderes é pela calma e pela moderação diante do cenário de guerra.