Em 1988, o grupo terrorista palestino Hamas apresentou sua Carta de Princípios, um documento que delineia suas visões sobre a Palestina, Israel e o conflito entre ambos os países no Oriente Médio.
Na Carta, o Hamas, que se considera uma “força de resistência”, destaca sua oposição ferrenha à existência do Estado de Israel e seu desejo pela criação de um Estado Islâmico da Palestina.
“Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles que existiram anteriormente a ele”, diz um trecho do documento.
A Carta do Hamas ainda afirma que a Palestina “é uma terra islâmica” e que os judeus “não têm direito a ela”. Além disso, o grupo terrorista rejeita no documento qualquer negociação com Israel e defende a luta armada como sendo o “único meio de libertar a Palestina”.
No capítulo três da Carta do Hamas, intitulado "Estratégia e Meios", o grupo terrorista reafirma sua visão sobre a Palestina, classificando-a como um “território sagrado” e um “legado hereditário” que é passado para “todas as gerações de muçulmanos”.
O grupo também aborda a ligação intrínseca entre o nacionalismo e o credo religioso islâmico, enfatizando que a “luta contra a usurpação do inimigo [Israel]” é um “dever pessoal de cada muçulmano”, que transcende as “barreiras de gênero e status social”.
Na Carta, o Hamas também reafirma sua postura intransigente em relação às soluções pacíficas e conferências internacionais para resolver a questão palestina. No documento, o grupo argumenta que “tais iniciativas contradizem os princípios do Movimento de Resistência Islâmica”, considerando a concessão de terras palestinas como “uma negligência à fé islâmica”.
Fonte: Gazeta do Povo