Desde o início de agosto, quando chamou de “grave equívoco” o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do consumo de drogas, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deflagrou um processo de redefinição da sua imagem pública.
Após anos sendo associado à apatia do Senado diante do ativismo judicial, ele pautou medidas históricas para conter excessos dos ministros do STF.
Desde então, conquistou crescente apoio entre colegas e observa de perto a melhoria da reputação tanto do Legislativo quanto da própria imagem nas redes sociais.
Servidores do Senado afirmam que recentes sondagens sobre o desempenho de Pacheco nas redes sociais apontaram uma ligeira melhora, tanto quantitativa quanto qualitativamente, o que indicaria uma tendência sobre a sua reputação.
Esses resultados, ainda incipientes, teriam animado o presidente do Senado a continuar mantendo uma retórica de enfrentamento do Judiciário.
O objetivo de Pacheco é garantir a eleição de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) como seu sucessor na presidência do Senado e abrir horizontes para sua própria reeleição como senador.
Esse reconhecimento parece ter encorajado Rodrigo Pacheco a prosseguir com as votações destinadas a modificar o funcionamento do Judiciário, buscando o acordo para superar a obstrução nas pautas da Câmara e do Senado, mesmo após os sinais em favor de uma distensão, emitidos pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
Os cumprimentos de senadores da oposição e até da base do governo ficaram ainda mais ostensivos nesta semana, em razão do embate público no último sábado (14) protagonizado por Pacheco e Gilmar Mendes, ministro decano da Suprema Corte.
Fonte: Gazeta do Povo