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A crise humanitária no Paquistão que o mundo não vê
Política Internacional
Publicado em 06/11/2023

Por Karina Michelin

No dia 3 de Outubro, o Ministro do Interior paquistanês, Sarfraz Bugti, emitiu um ultimatum, que expirou em 1 de Novembro, no qual concedeu um mês para a saída voluntária do país da grande parte da comunidade afegã que se refugiou no Paquistão - país vizinho.

Segundo o ministro do Interior, existem 1,7 milhões de imigrantes ilegais e devem ser repatriados. Cerca de 200 mil já deixaram o país voluntariamente. As incursões nos campos de refugiados começaram em 1º de novembro.

Os ilegais são presos e depois acompanhados até à fronteira com o Afeganistão, para os enviar de volta à Idade Média nas mãos dos talibãs islâmicos.

Apesar das recentes alegações de que o governo tem como alvo todos os “imigrantes ilegais”, a repressão em curso centrou-se principalmente nos refugiados afegãos. Mesmo aqueles que têm o direito legal de permanecer no Paquistão estão sendo alvo de ataques.

Uma vez repatriados, são as mulheres que sofrerão o pior destino. O talibã proibiu as mulheres de estudar, trabalhar e ter vida pública e social, com poucas exceções.

As mulheres também são obrigadas a um rigoroso código de vestimenta islâmica e a viajar com tutores do sexo masculino.

Foram privadas de todas as formas de entretenimento nos tempos livres e banidas de parques - os salões de beleza foram proibidos e elas não podem ter acesso a política, que é enraizada na interpretação estrita da lei islâmica por parte dos Talibã.

Só no primeiro ano do “renovado” domínio talibã, a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão contabilizou pelo menos 218 execuções extrajudiciais. A maioria das vítimas são antigos agentes da polícia, membros do Exército Nacional Afegão e funcionários civis do antigo regime.

Enquanto os países europeus são “obrigados” a aceitar o fluxo de imigração ilegal, o Paquistão expulsa-os sem piedade, empurrando-os de volta ao regime terrorista.

Mas desta vez não adianta pedir ajuda a ONU, visto que o Fórum Social do Conselho dos Direitos Humanos é presidido pelo regime tão nefasto quanto - o Irã.

E segue o jogo funesto…

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