Está ficando cada vez mais evidente, que não vai sair barato para o povo brasileiro, a infeliz circunstãncia de ter no controle dos poderes máximos do país, representantes do pior extrato da sociedade, tanto no sentido moral e ético, quanto na capacidade de gestão.
O desejo manifestado pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, de ter gabinete com estrutura e agenda próprias no Palácio do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu marido, despacha, esbarra na falta de previsibilidade legal.
“A primeira-dama dos Estados Unidos tem um”, argumentou Janja a favor de seu espaço oficial no governo, em entrevista no jornal O Globo, publicada neste domingo (5).
Segundo especialistas ouvidos sobre o assunto, para conquistar uma condição funcional parecida com a usufruída pelas esposas de presidentes americanos, que Janja tomou como referência, seria preciso Lula editar medida provisória ou esperar a aprovação de projeto de lei nos mesmos termos, a ser proposto por um parlamentar aliado.
Essas duas hipóteses, contudo, parecem improváveis no momento.
Em resposta às críticas de aliados do governo sobre a sua atuação política, como se tivesse sido eleita, Janja afirmou que “não participa” de reuniões de trabalho de Lula.
“As minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana.
Quando estou incomodada, vou lá e questiono. Não é porque sou mulher do presidente que vou falar só de marca de batom”, disse.