Quando parecia que estava sendo acesa uma luz no fim do túnel, e que o Senado finalmente havia despertado para combater corajosamente os abusos do judiciário, uma nova notícia jogou um balde de água fria nessa expectativa.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), viajou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Oriente Médio, nesta segunda-feira, 27. A comitiva brasileira partiu às 14 horas.
A viagem pode atrasar votações de projetos que aumentam a arrecadação do governo federal.
O chefe do Executivo e o presidente do Senado devem visitar a Arábia Saudita, o Catar e os Emirados Árabes Unidos, onde ocorre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28).
A participação de Pacheco na comitiva presidencial é um indicativo de que, a depender das conversas que ele tiver com Lula, tudo pode voltar a estaca zero.
O mesmo presidente do Senado que acenou há poucos dias com um enfrentamento aos abusos cometidos pelo judiciário, poderá voltar da viagem totalmente mudado, a depender dos acordos que forem costurados para favorecê-lo politicamente.
O objetivo oficial da viagem é trazer investimentos de países árabes para o Brasil. O Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) depende de recursos externos, e as obras devem ter início no próximo ano.
Pacheco deve acompanhar Lula na COP 28, como última visita internacional da comitiva, que será realizada em Dubai.
O Brasil pretende discutir a transição energética e se colocar como um dos principais protagonistas nesse assunto.