Opinião/Gazeta do Povo
O ano de 2023 está no fim e, com apenas o mês de dezembro pela frente, o Brasil está atrasado em relação à preparação para entrar o ano novo com perspectivas de retomar o caminho do crescimento econômico a taxas que não sejam medíocres e que se mostrem suficientes para elevar a renda por habitante e reduzir o desemprego.
O setor público brasileiro tem dois vícios antigos e recorrentes, que se repetem regularmente não importa qual partido esteja no comando do governo, os quais respondem pelo baixo crescimento econômico e a dificuldade de reduzir a pobreza.
O primeiro vício é de natureza política e se constitui da eterna instabilidade política e a insegurança jurídica decorrentes da baixa qualidade do corpo de leis e do mau funcionamento das instituições governamentais, no âmbito dos Três Poderes, como está acontecendo atualmente.
O segundo vício é de natureza econômica, revelado na ineficiente gestão macroeconômica, na falta de equilíbrio nas contas públicas, nos altos déficits fiscais, na elevação da dívida pública e na incapacidade de fazer reformas estruturais, incluindo as reformas microeconômicas sempre anunciadas e nunca realizadas na extensão necessária.