Na miséria quase completa por conta das gestões desastrosas dos seus ditadores socialistas, a Venezuela vê como uma grande oportunidade, a anexação de parte do território da Guiana, que supostamente seria sua por direito.
Para entendermos melhor o que realmente está acontecendo, temos que fazer um comparativo entre as situações econômicas dos dois países envolvidos na disputa.
A Venezuela, como já dissemos, está completamente falida por conta da corrupção e da incompetência dos seus governantes, com mais da metade da sua população vivendo abaixo da linha da pobreza.
Mas o que levaria um dos piores países do mundo a tentar anexar o território de um pequeno vizinho, que aparentemente não tem expressão alguma no cenário internacional?
A verdade é que, nesse caso específico, as aparências enganam. A Guiana não é um território tão insignificante quanto parece.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) projetou em setembro que a Guiana, o segundo país menos populoso da América do Sul - com pouco mais de 800 mil habitantes -, será o que mais crescerá no mundo este ano, com uma expectativa de chegar a quase 40% de aumento do PIB (em 2022, a variação foi de 62%).
Isso ocorre graças à exploração de petróleo, ouro e outros recursos naturais descobertos ainda em 2015 na região equatorial do rio Essequibo, que representa quase 70% do território guianense e tem sido alvo de interesse do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que reivindica a anexação da área.
O boom econômico começou a mostrar resultados há quatro anos, quando a empresa americana ExxonMobil iniciou operações na região explorando petróleo.
A média extraída da commodity hoje é de 400 mil barris por dia, sendo a reserva total da petroleira estimada em 11 bilhões de barris.
O crescimento exponencial da Guiana, alavancado pela descoberta e exploração do petróleo, foi o estopim para uma nova era em uma disputa histórica com a Venezuela pelo território de cerca de 160 mil quilômetros quadrados de área.