Uma das prerrogativas mais importantes para quem ocupa um cargo na magistratura é manter uma postura discreta em relação a qualquer tipo de manifestação política.
No Brasil, no entanto, essa postura ética foi substituida por uma verdadeira militância.
Cotidianamente os representantes das principais cortes do judiciário nacional estão se comportando como ativistas, seja em eventos públicos ou diante das câmeras e holofotes da imprensa, a ponto de tornar o judiciário brasileiro uma instituição totalmente desacreditada e até motivo de chacota.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), participou nesta.segunda-feira, 11, do lançamento do Plano Nacional Ruas Visíveis.
Trata-se de uma iniciativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca efetivar a Política Nacional para a População em Situação de Rua.
O evento aconteceu no Palácio do Planalto.
Moraes, convidado para discursar, foi recebido aos gritos de “Xandão” e “sem anistia”.
Além do ministro, estavam presentes a primeira-dama, Janja da Silva; o vice-presidente, Geraldo Alckmin; o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida; e o padre Júlio Lancellotti.
Durante o discurso, Moraes expressou sua satisfação e honra com o anúncio do governo.
“Fico feliz e honrado que o Poder Executivo Federal logo abraçou essa decisão e determinou a constituição de um grupo chefiado, coordenado pelo ministro Silvio Almeida, para que esse plano pudesse sair do papel”, destacou o ministro do STF.
Moraes disse que a iniciativa trará "visibilidade para que os governos estaduais e municipais e toda a população veja que é hora realmente de fazer alguma coisa, hora de todos nós — Judiciário, Legislativo, Executivo, União, Estado e município resolvermos esse problema".