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Resumo de 2023 - Um circo chamado Brasil
Política Nacional
Publicado em 30/12/2023

Com informações da Revista Oeste

O ano termina na próxima semana e até agora o brasileiro não tem respostas para algumas perguntas que inundaram as manchetes da imprensa por meses a fio: afinal, o que há nas imagens da confusão envolvendo o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), num aeroporto na Itália?

Qual história as dezenas de câmeras do Ministério da Justiça — que sumiram — contariam sobre o tumulto do dia 8 de janeiro em Brasília?

Qual é o conteúdo bombástico da delação de Mauro Cid, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro?

Foi comprovada alguma irregularidade com as joias presenteadas a Michelle Bolsonaro?

Como foi possível hackear a conta da primeira-dama, Janja, numa rede social?

Outras tantas perguntas podem ser adicionadas à lista, mas só as respostas para essas já bastariam.

Porque todas elas foram tratadas como escandalosas, dinamite política ou algo tão grave ao ponto de mudar a legislação do país — e, principalmente, levar Jair Bolsonaro para a prisão.

Por que, depois de um ano inteiro, nada foi provado? A explicação mais provável é que foram cortinas de fumaça — ou escândalos de festim, lançados para camuflar o projeto de poder do consórcio que administra o Brasil, formado por Lula e os ministros do STF.

O que deveria ser uma Corte constitucional não existe mais.

O que há é um monstrengo político-jurídico que delibera sobre rigorosamente tudo (e, desde o dia da posse, em tudo favorece o governo do ex-presidiário que livrou da cadeia).

Segundo a Constituição oficial, só devem entrar na pauta do Supremo casos que envolvam quem tem direito a foro especial.

No Brasil real, reizinhos togados decidem o destino de qualquer vivente, instituição, clube, torcidas, grupos de WhatsApp ou o que lhes der na telha.

O Brasil vive uma ficção tóxica, perigosa e mal-intencionada.

Tivemos, no passado, momentos de alucinação coletiva como o da ‘Maioridade’, por exemplo — combinou-se, então, que dom Pedro II ficaria maior de idade aos 13 anos, para que pudesse assumir as funções de imperador do Brasil.

Uma criança não pode ser transformada em adulto por despacho administrativo, assim como não existe o homem que corre a 100 quilômetros por hora.

Mas os sócios proprietários do Brasil na época decidiram que era uma excelente ideia para fazer ‘avançar a história’ — e, pronto, eis o Brasil com as suas instituições perfeitamente em ordem, a ‘governabilidade’ garantida e um imperador que hoje não poderia trabalhar, pois estaria sob a proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente.

A ficção da ‘Maioridade’ vira uma brincadeira inocente, porém, quando é comparada com o embuste maciço que o Supremo Tribunal Federal está aplicando na sociedade para impor um governo ilegal ao Brasil. Dom Pedro, pelo menos, ia se tornar maior de idade com o passar do tempo.

O STF quer fingir para sempre que o país vive num ‘estado democrático de direito.

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