Por J. R. Guzzo/Revista Oeste
Às vésperas da quermesse anual dos bilionários, peixes graúdos da burocracia internacional e magnatas das universidades mais caras do mundo que se reúnem em Davos, na Suíça, para decidir o futuro da humanidade, o presidente da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez uma proclamação extraordinária:
‘Nossos sistemas de produção de alimentos estão prejudicando a saúde das pessoas no planeta’, disse ele.
‘Esses sistemas contribuem para 30% das emissões de gás do efeito estufa e respondem por um terço do ônus global das doenças.’
O dr. Tedros, em vista disso, propõe que os produtores abandonem a atividade agrícola e pecuária como ela é praticada hoje e passem a produzir ‘dietas mais saudáveis, diversificadas e baseadas em produtos naturais’.
Não revelou quais os tipos de cultura que serão permitidos a partir de agora, mas nem seria mesmo preciso. Diga ‘orgânico’, a respeito de qualquer coisa, e você estará certo.
Se quiser caprichar, acrescente que o único modelo de produção rural aceitável hoje em dia é o do MST, com suas abóboras naturais, agricultura ‘familiar’ e ‘propriedade coletiva’ da terra.
Vai receber uma salva de palmas em Davos, o pouso preferido nesta época do ano para os Bill Gates da vida, os banqueiros com “pegada” social e os cardumes de marajás da OMS e de outras espécies nativas do mesmo ecossistema.