No primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) anular duas condenações por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a percepção de corrupção aumentou.
Nesse primeiro ano de Lula, o Brasil caiu dez posições e está em 104º lugar, entre 180 países avaliados no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) divulgado nesta terça-feira, 30, pela ONG Transparência Brasil, ligadas à Transparência Internacional.
O IPC caiu 2 pontos em 2023, de 38 para 36. A escala vai de zero a 100, sendo zero o índice para o país mais corrupto e 100 para nações onde a corrupção é menor.
A média brasileira está abaixo da média global (43 pontos), da média regional para Américas (43 pontos) e da média dos países que compõem o Brics (40 pontos). A distância aumenta em relação à média dos países do G20 (53 pontos) e da OCDE (66 pontos).
“Em escala global, o levantamento aponta para um enfraquecimento do sistema judiciário e do Estado de Direito” no Brasil, diz o relatório da Transparência Internacional.
A ONG cita decisões de Lula que contribuíram para aumentar a percepção de corrupção, como a nomeação de seu advogado pessoal Cristiano Zanin para o STF; a escolha do procurador-geral da República, Paulo Gonet, fora da lista tríplice; o uso do “Orçamento secreto”, criticado pelo petista na campanha eleitoral; o loteamento de cargos nas empresas estatais.
Fonte: Revista Oeste