Por J. R. Guzzo/Revista Oeste
O problema, na verdade, é que a ladroagem brasileira é uma situação contratada. Está tudo armado para ser assim; então, é assim que fica.
Trata-se do resultado direto da situação de impunidade semilegal para a corrupção que o sistema de Justiça brasileiro, a partir do STF, criou nos últimos anos.
Como é possível não haver corrupção se na prática o crime de corrupção é permitido para os amigos da junta de governo Lula-STF?
Fica cada vez mais claro, a cada decisão do maior tribunal de Justiça do Brasil, que a destruição da Lava Jato e a ressurreição política de Lula tiveram, no fundo, um único objetivo realmente estratégico: eliminar de uma vez por todas qualquer possibilidade séria de combater a corrupção no sistema político do país.
Não se tratou apenas de tirar condenados da cadeia e de anular as suas sentenças. Também não foi só a devolução de dinheiro roubado, ou a vingança contra os magistrados que combateram o roubo.
O que se quis, mesmo, foi garantir que nunca mais a corrupção seria punida ou traria riscos legais para os ladrões.
O país que começou a se desenhar com a Lava Jato era um perigo extremo.
Tinha de acabar — e acabou.