Nesta quinta-feira (8), em discurso no Senado sobre as prisões de militares autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, em operação da Polícia Federal (PF) que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador e ex-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), disse que “nem Hitler ousou isso no começo de sua ascensão ao poder limpando a área naquilo que ficou conhecido como caso Fritsch, que foi a demissão do então chefe do Estado-Maior da Alemanha”.
“Acredito que temos que estar articulados. E aqui conclamo a todos que por meio de palestras, entrevistas, artigos, postagens nas redes sociais, possamos mobilizar a sociedade e que cobre de forma pacífica e dentro da lei esses arbítrios que o STF vem cometendo. Na verdade, lamentavelmente, a Suprema Corte se torna instrumento das oligarquias regionais que querem subjugar o país ao seu jogo de corrupção e no qual o Partido dos Trabalhadores, com todo o seu histrionismo, não passa de uma fachada para que os verdadeiros donos do poder façam o que querem e bem entendem”, disse o senador.
O ex-vice-presidente da República no governo de Jair Bolsonaro chamou a operação da PF de "devassa persecutória". Durante sessão no Senado, Mourão disse que os militares deveriam reagir.
"Não vivemos em regimes totalitários, mas estamos caminhando para isso", afirmou o senador. "No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atingem seus integrantes, ao largo da Justiça."
Mourão ainda comentou que vê a possibilidade de o Brasil entrar em um conflito grave. "A mera observação da precipitação dos acontecimentos, cada vez mais traumáticos, indica a possibilidade lamentável de um confronto de gravíssimas consequências", disse.
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Fontes: Gazeta do Povo e Revista Oeste