A Polícia Federal (PF) prendeu o coronel Bernardo Romão Correa Neto, na madrugada deste domingo, 11, quando o militar chegou ao Aeroporto de Brasília, vindo dos Estados Unidos. Além disso, ele teve apreendidos três passaportes (um diplomático) e um celular.
Na semana passada, a PF cumpriu 33 mandados judiciais, sendo um deles em nome do coronel.
A ordem, contudo, não pôde ser acatada, em virtude da viagem do militar. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, é quem autorizou a diligência.
Por causa da ausência de Romão Correa Neto, a PF comunicou o comando do Exército para que o oficial se apresentasse no Brasil.
Correa Neto foi instrutor de cavalaria durante três anos na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e é considerado um oficial bem-quisto pela tropa.
Conforme as investigações, Romão Correa Neto fazia parte do chamado "Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas".
Ainda de acordo com a PF, esse grupo promovia reuniões de planejamento e execução de medidas para manter as manifestações em frente aos quartéis do Exército, incluindo a mobilização, a logística e o financiamento de militares das forças especiais em Brasília.
Os agentes informaram que Romão Correa Neto teve "participação ativa" na organização de um encontro, em 28 de novembro de 2022, com a presença de oficiais das forças especiais — os chamados kids pretos.
Esses assistentes de generais estariam supostamente alinhados ao que seria uma "conspiração golpista".
Fonte: Revista Oeste