Por Karina Michelin
O furacão Javier Milei fez uma breve passagem pela Itália, país de seus ancestrais, soltou o verbo em um programa de televisão e foi perdoado pelo Papa.
Primeiro, o presidente da Argentina encontrou-se com Papa Bergoglio, e fez questão de sublinhar que teve que reconsiderar alguns posicionamentos em relação ao Papa - que é o argentino mais importante de todo o mundo e representa o catolicismo. A relação entre eles está sendo construída com um vínculo positivo.
Quando então candidato à presidência, Javier definiu Bergoglio como um “jesuíta promotor do comunismo”, “representante do Mal na Casa de Deus”, “pessoa nefasta” e “imbecil”. Milei aproveitou sua visita para pedir perdão ao Papa, disse que foi perdoado e que Bergoglio não estava zangado.
Em entrevista exclusiva ao programa do jornalista Nicola Porro, habituado ao seu estilo desenfreado, Javier Milei, de forma livre e pouco convencional disse: “Filosoficamente, sou um anarcocapitalista e por isso sinto um profundo desprezo pelo Estado. Acredito que o Estado é o inimigo, acho que o Estado é uma associação criminosa”.
Durante esta longa entrevista, muitos temas foram abordados com a franqueza que Milei até agora, transformou em seu ponto forte - um verdadeiro choque para os italianos, que possui muito Estado, como em toda a Europa. Os europeus acreditam que o comunismo já não mais existe, quando questionado foi enfático:
“Originalmente pensei que o comunismo era um problema mental. Porque o socialismo puro foi derrotado pela teoria econômica. A princípio pensei que fosse um problema mental intrínseco. Mas, então percebi que era algo muito pior, que era uma doença da alma”.
Foi um golpe muito duro para os italianos - ouvir certas verdades.