Três dia após convocar apoiadores para um ato político na Avenida Paulista, em São Paulo, marcado para a tarde do próximo dia 25 de fevereiro, Jair Bolsonaro (PL) ainda espera receber mais adesões públicas de aliados e representantes da direita.
Com as confirmações das presenças do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a manifestação organizada para defender o ex-presidente de acusações levantadas contra ele pela Polícia Federal ganhou o reforço inicial necessário para se ampliar.
O ato vem mobilizando políticos e seguidores desde terça-feira (13), mas encontrava resistência dos principais eleitos em 2022 sob o discurso afinado ao de Bolsonaro, tais como os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Ratinho Júnior (Paraná), Romeu Zema (Minas Gerais) e Tarcísio de Freitas (São Paulo).
Eles estavam evitando declarações sobre a Tempus Veritatis, operação que mirou o ex-presidente e seus ex-colaboradores mais próximos, sobretudo militares, por suposta tentativa de golpe de Estado e de desacreditar o processo eleitoral de 2022.
Mas as pressões de parlamentares e de eleitores estão forçando a tomada de posicionamento diante da escalada de tensões. Tarcísio de Freitas já anunciou que estará ao lado do ex-presidente na manifestação. O governador de Goias, Ronaldo Caiado, também confirmou presença nesta sexta-feira.
Nas últimas semanas, governadores de oposição participaram de agendas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem trocaram gentilezas em eventos de anúncios de obras e parcerias.
Desde o ano passado, eles tentam combinar uma relação "republicana" com o governo federal com gestos de sintonia com eleitores de Bolsonaro. Com as movimentações provocadas pelo calendário de eleições municipais, o momento cobra, contudo, rapidez nas escolhas.
Fonte: Gazeta do Povo