O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado pela Polícia Federal nesta segunda (19) a prestar depoimento na quinta (22) no âmbito das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Ele, ex-ministros, aliados e militares foram alvos de uma operação deflagrada no começo de fevereiro com base na delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
O depoimento foi marcado para às 14h30 na superintendência da PF em Brasília.
Seus advogados até que tentaram tomar as devidas providências afim de assegurar ao Presidente toda a ampla defesa prevista constitucionalmente.
Uma petição a que o jornal O Globo teve acesso aponta que Bolsonaro não pretendia prestar depoimento até que tivesse acesso aos conteúdos encontrados em aparelhos celulares apreendidos durante a operação.
A data marcada pela autoridade para o depoimento do ex-presidente coincide com o dia da posse de Flávio Dino como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma cerimônia que será realizada à tarde.
O depoimento também ocorrerá três dias antes de um ato marcado por Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (25), para se defender das suspeitas que vem sendo investigado pela Polícia Federal.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta segunda-feira, 19, o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para adiar o depoimento à Polícia Federal (PF) no qual terá de prestar esclarecimentos sobre a suposta trama golpista.
Dessa forma, o depoimento ocorrerá na quinta-feira 22, como previsto.
"Informe-se a PF que inexiste qualquer óbice para a manutenção da data agendada para o interrogatório, uma vez que aos advogados do investigado foi deferido integral acesso aos autos", determinou Moraes, ao observar não compete a Bolsonaro "escolher a data e horário de seu interrogatório".