Deputados de oposição e até mesmo de partidos que integram o Centrão apostam na força do coletivo, com mais de 120 assinaturas, para protocolar um novo pedido de impeachment contra o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desta vez por declarações sobre ataque a Israel, mas a aceitação depende da vontade do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), para avançar.
O pedido, liderado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), ganhou força pela indignação de parlamentares após Lula comparar as ações de Israel com atos praticados pelos nazistas durante a Segunda Guerra.
Durante visita oficial à Etiópia, o presidente afirmou que "o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus."
Zambelli tem usado as redes sociais para criticar as falas de Lula, e cobrar a adesão de colegas parlamentares, sob a alegação de que o pedido "não é uma bravata contra Lula, não é uma reprimenda, é uma ação em defesa da Segurança Nacional".
A deputada diz que a situação é tão grave que até o grupo terrorista Hamas fez um agradecimento público ao presidente após a fala sobre Israel.
O pedido de impeachment contra Lula será protocolado na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ainda nesta quarta-feira (21), segundo a assessoria de imprensa da deputada Zambelli.
Apesar de não necessitar de um número mínimo de assinaturas - um único cidadão pode apresentar um pedido desta natureza, segundo prevê a Constituição Federal, a oposição pretende mostrar força com a adesão de mais de 120 parlamentares, e assim pressionar o presidente da Casa a avançar com o processo.
Lira já sinalizou que vai engavetar o pedido, argumentando, entre outras coisas, que muitos paralamentares também costumam fazer pronuciamentos desastrosos, e que esse não seria um motivo para enquadrar o presidente no crime de responsabnilidade.