O presidente Lula (PT) reconheceu que o ato promovido pelo ex-Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (25), foi “grande” e “não se pode negar um fato”.
A declaração foi feita ao jornalista Kennedy Alencar, no programa É Notícia, da RedeTV!. A entrevista completa será exibida às 22h.
Lula observou que as imagens da manifestação confirmam a magnitude do evento. “Eles fizeram uma manifestação grande em São Paulo. Mesmo quem não quiser acreditar, é só ver a imagem. Como as pessoas chegaram lá, aí é outros 500.”
O líder petista, no entanto, mente ao afirmar que o ato foi “em defesa do golpe” e que a mobilização na Paulista tinha como objetivo ser um “protesto contra a democracia”.
“Eles [os presos do 8/1] ainda não foram julgados, estão detidos como medida para garantir a paz e a ordem neste país. Ainda não foi descoberto quem os mandou ou financiou, porque houve uma tentativa de golpe”, expressou também o esquerdista.
O presidente também mente ao dizer que os presos do 8 de janeiro ainda não foram julgados. “Eles [os presos do 8/1] ainda não foram julgados, estão detidos como medida para garantir a paz e a ordem deste país. Ainda não foi descoberto quem os mandou ou financiou, porque houve uma tentativa de golpe”.
Ao contrário da fala, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) já emitiu sentença condenatória para mais de 70 pessoas. Há outros julgamentos em curso.
O jornalista Bruno Altman, que possui um posicionamento à esquerda do espectro político, admitiu que o ‘Ato Pela Democracia’ foi ‘gigantesco’. A declaração ocorreu ao blog Brasil 247.
Ao contrário de outros grupos alinhados ao governo Lula, que buscam minimizar a adesão massiva da manifestação do último domingo, 25, na Avenida Paulista (SP), Altman reconheceu a força popular da direita.
Breno Altman, de posicionamento político de esquerda, comentou as recentes ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o segmento político de direita no Brasil.
Ele diz que não é aceitável que o judiciário brasileiro cerceie a liberdade de expressão no Brasil e a democracia, com a esquerda terceirizando o protagonismo político e colocando decisões de alto grau nas mãos do Supremo.
“Se o STF proíbe essa manifestação, significa dizer que as nossas também podem ser proibidas em algum momento. Estamos terceirizando completamente para o STF uma tarefa das forças de esquerda”, declarou.
“Não podemos acreditar que o cerceamento da liberdade de manifestação […] seja o caminho para aceitar o bolsonarismo […]. Proibir a manifestação seria o cúmulo dessa política. E proibir manifestação com base em quê?”, questionou Breno Altman.
Fonte: Conexão Política