Em 21 de fevereiro, quatro dias antes do ato pela democracia, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usou a tribuna da Câmara para ameaçar os manifestantes. Segundo o parlamentar, os cidadãos que iriam à Avenida Paulista seriam presos assim que voltassem do protesto.
No discurso, Lindbergh Farias disse que ir à manifestação seria equivalente a comprar uma passagem direta para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Ali estão os presos pelos atos do 8 de janeiro de 2023.
“Vai ser preso”, afirmou o petista, referindo-se a um parlamentar que confirmou a presença no ato pela democracia. “Vai ficar demonstrado que, quem for na passeata do dia 25, está defendendo e é cúmplice de uma tentativa de golpe.”
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou a manifestação do domingo 25, na Avenida Paulista.
Ela classificou o ato pela democracia como uma ação "ilegítima".
Gleisi Hoffmann alegou que a única explicação para o ato seria o desejo do ex-presidente Jair Bolsonaro de levar seus seguidores para a "cadeia".
Vale lembrar que o direito à manifestação é uma garantia constitucional, conforme o art. 5º da Constituição Federal de 1988, sendo um dos pilares da democracia.
“Art. 5º, § XVI todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”, garante o artigo da Constituição.
Fonte: Revista Oeste