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Ataques no vazio - O fracasso das lives de Lula
Política Nacional
Publicado em 01/05/2024

Nas 22 lives que fez ao longo do segundo semestre de 2023, acompanhado pelo jornalista Marcos Uchôa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou o ataque e a desqualificação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como uma de suas principais estratégias.

A comparação de seu governo com o anterior, classificado por ele como um "período de ódio, autoritarismo, mentira e destruição da máquina pública brasileira", foi utilizada em 91% dos programas "Conversa com o Presidente".

O dado foi compilado pela Gazeta do Povo com auxílio da ferramenta Pinpoint, do Google, e levou em consideração uma série de termos para identificar a comparação com o governo anterior, já que o presidente e seus convidados valeram-se das mais diversas expressões para mencioná-lo, como "governo do ódio", "fascistas", "período de mentiras", "aloprados", entre outras referências pejorativas (as transcrições estão disponíveis neste link para o Pinpoint).

Somente em duas lives oficiais, em 22 de agosto e 14 de novembro, o presidente, o apresentador e seus convidados não se valeram de comparações com o governo Bolsonaro.

Ainda assim, não faltaram mensagens veladas, tais como afirmar que chegou a hora de fazer o brasileiro "voltar a sorrir", uma alusão ao suposto "sofrimento" do povo na gestão anterior.

O programa "Conversa com o Presidente" teve vida curta e baixa audiência. Foi realizado semanalmente entre 13 de junho e 19 de dezembro de 2023, com uma média de 85 mil visualizações no canal do presidente Lula no Youtube, sendo que a primeira live obteve o maior volume de visualizações, com 192 mil, e a de 14 de novembro o menor, com 46 mil.

A média da audiência ao vivo dos 22 programas foi de 5,8 mil espectadores por live, segundo levantamento do jornal O Globo.

O apresentador Marcos Uchôa foi exonerado da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), responsável pela realização do programa, em fevereiro.

Fonte: Gazeta do Povo

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