Ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniram nesta terça-feira (7) para discutir estratégias relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul.
Durante o encontro, que aconteceu na sala de risco montada para coordenar as ações emergenciais, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que pretende utilizar a Polícia Federal (PF), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Advocacia-Geral da União (AGU) para investigar e responsabilizar aqueles que propagam informações falsas.
O áudio da reunião, divulgado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, capturou uma conversa vazada entre o ministro da Secom, Paulo Pimenta (foto), e um interlocutor, na qual Pimenta mencionou a necessidade de “botar pra foder com os caras” que divulgam notícias falsas.
No áudio, Pimenta diz: “Tem uma coisa importante para ti no início da reunião. Botar pra foder com eles”. O interlocutor responde: “Prender”. E Pimenta acrescenta: “Mandar prender. Não aguento mais fake news”.
Logo em seguida, em um trecho em que grande parte é inaudível, o interlocutor de Pimenta menciona a palavra “bolsonaristas” de maneira mais clara.
Procurado pela imprensa, Pimenta respondeu que sua declaração representa uma indignação contra a “indústria de fake news”, que é “alimentada de forma organizada por influenciadores da extrema-direita e parlamentares”.
Em meio à catástrofe provocada pelas intensas chuvas no Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reacendeu o seu amplo desejo sobre a necessidade de ‘regular’ a internet no Brasil, especialmente as redes sociais.
Em pronunciamento nesta terça-feira (7), Lula disse estar preocupado com o que ele classifica de “disseminação de desinformação”.
Sem apresentar provas, o petista afirmou que há uma grande quantidade de notícias falsas circulando sobre a situação no Rio Grande do Sul, estado duramente atingido pelas enchentes, afetando mais de 385 municípios.
Lula alegou que a tecnologia deve ser usada para promover avanços na sociedade, para o que ele chama de ‘melhoria civilizatória’, e não o contrário. Em suas palavras, há presença de indivíduos mal-intencionados disseminando informações falsas e incitando o ódio.
O esquerdista também rechaçou as críticas direcionadas aos integrantes das das Forças Armadas e ao alegado desprezo da população pelo trabalho das equipes de resgate na região.
Lula disse ainda ter visto “vídeo de gente desacreditando das Forças Armadas” e “desmerecendo as pessoas que estão trabalhando” no Estado, algo que ele enquadra como inaceitável.
Fonte: Conexão Política
