Por Karina Michelin

A televisão estatal iraniana finalmente confirmou a morte do presidente, Ebrahim Raisi, na queda do helicóptero presidencial neste domingo, 19 de maio. O ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, também morreu.

Eles regressavam de uma visita à região noroeste da República Islâmica, na fronteira com o Azerbaijão, onde tinham inaugurado uma barragem juntamente com o presidente do Azerbaijão, Iham Aliyev.

Pouco se sabe sobre a dinâmica do acidente: o comboio que regressava a casa no meio do nevoeiro, sobrevoava a província iraniana do Azerbaijão Oriental, quando teve de fazer uma complicada aterragem de emergência.

Os helicópteros e aviões iranianos são antigos e, devido às sanções internacionais, Teerã luta para encontrar no mercado peças sobressalentes necessárias para uma manutenção constante.

As equipes de resgate chegaram imediatamente ao local, o grupo missões turcas também juntaram-se na busca. A União Europeia disponibilizou instrumentos de satélite para tentar localizar o helicóptero.

Durante horas buscávamos por notícias que depois eram desmentidos, enquanto a escuridão, a chuva e as baixas temperaturas tornavam as buscas cada vez mais complicada.

Muitas imagens circularam na internet mostrando as operações de localização, bem como fogos de artifício em muitas partes do Irã para comemorar a morte do “açougueiro de Teerã”, como era chamado pelos iranianos que sofreram a sua repressão.

Raisi tinha 63 anos, foi eleito em 2021 e deveria concorrer novamente nas eleições do próximo ano. No entanto, o seu nome também circulou entre os sucessores do Líder Supremo, que ocupa o cargo mais importante na hierarquia do regime iraniano: Ali Khameni, o atual Líder Supremo, que tem 85 anos.