O presidente Luiz Inácio Lula da Silva removeu de Israel o embaixador Frederico Meyer, que ocupava o principal posto da representação brasileira em Tel Aviv.
Meyer foi transferido para o cargo de representante do Brasil na Conferência do Desarmamento, em Genebra, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).
A nomeação de Meyer para a missão permanente do Brasil na ONU foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (29). Ninguém foi indicado para ocupar a embaixada em Tel Aviv.
A não substituição de um nome para o lugar de Meyer no posto em Israel foi considerado um gesto político por especialistas em relações internacionais.
O pesquisador do Observatório de Política Externa Brasileira (OPEB) da Universidade Federal do ABC, Bruno Fabricio Alcebino da Silva, avalia que o ato de remover o embaixador de Israel é “claramente político” por reduzir a importância da representação do Brasil no país.
“Isso envia uma mensagem contundente sobre o nível de prioridade que o governo Lula atribui ao relacionamento com o governo israelense atual. Embora não rompa completamente os laços diplomáticos, esta medida destaca a insatisfação do Brasil com as políticas de Israel”, comentou.
O Ministério das Relações Exteriores ainda não se manifestou sobre o tema, mas, no Palácio do Planalto, a avaliação é de que o gesto foi político.
Em meio ao clima de tensão, o deputado federal João Daniel (PT-SE) publicou neste sábado, 11, uma foto ao lado de Basem Naim, porta-voz do grupo terrorista Hamas. O registro ocorreu no evento “Conferência Global Anti-Apartheid pela Palestina”, sediado em Johanesburgo, na África do Sul.
Em nota, o parlamentar sustentou que o encontro foi não foi em caráter antissemita. “Estiveram presentes centenas de lideranças políticas de todo o mundo, além de ativistas, líderes inter-religiosos, comunicadores e intelectuais. Eu cumprimentei e tirei fotos com diversas pessoas lá, é óbvio que não tem como saber quem são todas as pessoas”, afirmou.
Fonte: Conexão Política