Mudança nos resultados. Em uma reviravolta surpreendente, que surpreendeu até mesmo grupos progressistas, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular obteve o maior número de assentos na Assembleia Nacional da França nas eleições legislativas. Apesar da vitória, não houve força suficiente para que o bloco governe sozinho.
O segundo turno foi realizado neste domingo (7), e teve participação de quase 60% dos eleitores. Faltando a apuração de 5 das 577 cadeiras, as três maiores bancadas eram as seguintes:
- Nova Frente Popular (extrema esquerda): 181 assentos;
- Juntos (coalizão governista, esquerda): 166 assentos;
- Reunião Nacional (direita): 143 assentos.
Para a direita, o resultado foi fora de cogitação. No primeiro turno, ocorrido há apenas 1 semana, o partido Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, havia saído à frente de todas as demais forças políticas.
No segundo turno, no entanto, o resultado contrariou todas as expectativas e garantiu a continuidade da agenda de extrema esquerda no país.
Jordan Bardella, líder do Rassemblement National (RN), partido de Marine Le Pen, afirmou neste domingo, 7, que o presidente Emmanuel Macron foi o culpado pela vitória da extrema esquerda nas eleições legislativas da França.
“Essa noite houve um regresso na política francesa. Esses acordos eleitorais jogaram a França nos braços da extrema esquerda. Com isso, o RN, largamente à frente no primeiro turno e nas eleições europeias, representam a vitória do amanhã”, disse.
“O RN encarna mais do que nunca a única força que pode reconstruir a França. Os arranjos eleitorais de um Palácio do Eliseu isolado e uma extrema esquerda incendiária não levarão o país a lugar algum”, emendou.
Fonte: Conexão Política