O presidente do Comitê de Segurança Interna do Senado, o senador democrata Gary Peters, disse nesta segunda-feira (15) que o colegiado abriu uma investigação, que terá membros dos dois grandes partidos dos Estados Unidos, sobre a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump (2017-2021), candidato dos republicanos para a eleição presidencial de 5 de novembro.
Segundo informações da CNN, Peters disse que o comitê espera realizar audiências sobre o caso antes do recesso do Senado, que começa em agosto.
“Faremos uma investigação bipartidária no Comitê de Segurança Interna para analisar os eventos que ocorreram e determinar se houve ou não falhas de segurança que precisamos resolver”, disse Peters.
De acordo com a CNN, o deputado republicano Jim Jordan, presidente do Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos, e o democrata Jerry Nadler, também integrante do colegiado, conversaram por telefone esta manhã com o vice-diretor do FBI, Paul Abbate, sobre o atentado a tiros contra Trump, ocorrido durante um comício na Pensilvânia no sábado (13).
No Brasil, o jornalista Alexandre Garcia publicou um texto sobre as coincidências entre os atentados contra Trump e contra Bolsonaro. Veja alguns trechos:
"Incômodas coincidências nas reações a atentados contra Trump e Bolsonaro
Eu queria mencionar de novo o caso Trump, que mencionei no meu canal no YouTube, porque há uma lembrança feita pelo ex-procurador-geral dos Estados Unidos, que foi endossada pelo Wall Street Journal. Que diz o seguinte: os democratas têm que parar com essa conversa grosseiramente irresponsável sobre Trump ser uma ameaça existencial à democracia. Ele não é.
É a mesma coisa que no Brasil. Terrível coincidência. É Adélio Bispo aqui com uma faca e lá o Thomas Crooks com um Fuzil AR15. E a coincidência é acusar a vítima do atentado de ser contra a democracia, de ser um perigo para a democracia, de ser fascista, de ser isso, de ser aquilo.
Acusam lá Trump e acusam aqui Bolsonaro. É a mesma coisa. E aí está valendo para cá também o que diz o jornal e o ex-procurador-geral dos Estados Unidos. Parar com essa conversa grosseiramente irresponsável, dizendo que a pessoa é uma ameaça existencial à democracia e não é. É exatamente o contrário."
Fonte: Gazeta do Povo