Ouvir rádio

Pausar rádio

Offline
PUBLICIDADE
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/e0b7a2219c85819b11f0f3aecd7c2547.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/42610458bf7e91ed3a7e9c3f54b50b32.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/e83591e691eb0b9734ef857bc42d941e.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/c8b8ee966cc27f3832faba07b443d2fc.png
https://public-rf-upload.minhawebradio.net/214763/slider/56b1a78f770e79d04de8df971a4a6301.png
Eleições na Venezuela - O roteiro de uma farsa
Política Internacional
Publicado em 30/07/2024

Não há nenhuma surpresa no desfecho dessas falsas eleições que foram realizadas na Venezuela. A oposição caiu nesse engodo da farsa eleitoral mais uma vez, aceitando participar dele, por dois motivos: por desespero, por não ter outra opção, e porque, na pior das hipóteses, como de fato aconteceu, iria poder escancarar mais uma vez o caráter ditatorial do regime de Nicolás Maduro.

A farsa eleitoral na Venezuela começou muito antes da votação. Um dos pontos críticos foi quando María Corina Machado, a candidata escolhida pela oposição em um processo democrático, foi impedida de concorrer pela Justiça, que é inteiramente controlada por Maduro, com base em acusações estapafúrdias. Isso aconteceu no final do ano passado.

De lá para cá, outros candidatos oposicionistas também foram afastados e muitos integrantes da oposição foram presos. Houve intimidação, houve chantagem e houve variados métodos para atrapalhar uma campanha justa por parte da oposição.

Enfim, trata-se de uma manipulação que repete a farsa eleitoral da primeira "vitória" de Maduro, em 2013. A mesma estratégia, a mesma maracutaia, a mesma forma de operar

Um em cada quatro eleitores venezuelanos já haviam votado com os pés contra Maduro. São os milhões de venezuelanos que partiram para o exílio por motivos políticos ou por causa da fome. A grande maioria deles foi impedida de votar no exterior. Isso também é fraude.

Então veio o dia da votação. Como já aconteceu em outros desses momentos de farsa eleitoral montados pelo chavismo, o regime deixa a oposição se refestelar na esperança de que é possível virar o jogo pela via da normalidade, convocando seus apoiadores às urnas. Mas, por trás da aparente tranquilidade, começam os problemas.

A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) afirmou, em nota divulgada na noite desta segunda-feira, 29, que as eleições na Venezuela foram “pacíficas, democráticas e soberanas”.

Os governos de Argentina, Uruguai, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana expressaram nesta segunda-feira (29) preocupação com o desenvolvimento das eleições presidenciais na Venezuela.

Em um comunicado conjunto divulgado neste dia, os nove países exigem uma revisão completa dos resultados eleitorais e pedem uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A declaração frisa a necessidade da presença de observadores eleitorais independentes para garantir o respeito pela vontade do povo venezuelano, que participou massiva e pacificamente nas eleições.

“A contagem dos votos deve ser transparente e os resultados não devem levantar dúvidas”, afirmou o comunicado.

Dada a situação, os governos destes países anunciaram que solicitarão uma reunião urgente do Conselho Permanente da OEA com o objetivo de emitir uma resolução que salvaguarde a vontade popular, enquadrada na Carta Democrática e nos princípios fundamentais da democracia na região.

Este apelo à OEA visa garantir que os valores democráticos sejam respeitados e que um processo eleitoral justo e transparente seja garantido na Venezuela.

Os países signatários consideram a intervenção da OEA crucial para resolver a situação e manter a estabilidade democrática na região.

A declaração conjunta reflete a crescente preocupação internacional com a situação na Venezuela e a determinação destes governos em tomar medidas concretas para garantir que a vontade do povo venezuelano seja respeitada e que os princípios democráticos prevaleçam.

De acordo com o primeiro e único boletim divulgado até agora pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos, contra 44,2% obtidos pelo opositor Edmundo González Urrutia.

Fonte: Gazeta do Povo

Comentários