Yahya Sinwar, nasceu em Khan Younis, na Faixa de Gaza, em outubro de 1962. Ele é descrito por analistas como uma das figuras mais temidas e controversas do cenário político e militar palestino.
O terrorista de 61 anos é também é conhecido pelo apelido "açougueiro de Khan Younis", devido a sua trajetória marcada pela violência extrema e imenso poder dentro do Hamas, o grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza.
Sua jornada dentro do Hamas começou na década de 1980, quando ele foi recrutado pelo fundador do grupo terrorista, Sheik Ahmed Yassin.
Assim que passou a integrar o Hamas, Sinwar ficou responsável pelo comando de uma unidade militar que era encarregada de reprimir suspeitos de traição e de aplicar rigorosas leis de moralidade islâmica em Gaza.
Suas ações enquanto chefe desta unidade militar fizeram com que ele adquirisse uma reputação temida no enclave palestino e entre seus adversários.
Sua influência dentro do Hamas cresceu ainda mais em 1985, quando passou a chefiar uma unidade do Hamas responsável por localizar e eliminar supostos espiões israelenses.
Sua “habilidade” em conduzir operações violentas e sua crescente influência ficaram ainda mais evidentes em 1988, quando ele ajudou a sequestrar e assassinar dois soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI). Após este ato, Sinwar foi capturado e preso pelas forças de Israel, sendo condenado no país a uma pena de 22 anos.
Segundo informações, Sinwar utilizou o período em que ficou preso em Israel para se aprofundar no conhecimento da cultura e segurança do país.
O terrorista aprendeu hebraico fluentemente, traduziu documentos e estudou as estratégias de contraterrorismo de Israel, o que fortaleceu suas habilidades e influência dentro do Hamas.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) e o Ministério das Relações Exteriores do país prometeram nesta terça-feira (6) matar Yahya Sinwar, escolhido pelo grupo terrorista palestino Hamas como novo líder político após a morte do antecessor, Ismail Haniyeh.
"Yahya Sinwar é um terrorista, responsável pelo ataque terrorista mais brutal da história - em 7 de outubro", declarou o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, em entrevista à rede de televisão Al Arabiya.
"Há apenas um lugar para Yahya Sinwar, que é ao lado de Mohamed Deif", acrescentou, referindo-se ao comandante-chefe do braço armado do Hamas, que foi eliminado em um bombardeio israelense realizado no dia 13 de julho na Faixa de Gaza.
O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que "a nomeação do arqui-terrorista Yahya Sinwar [...] é outro motivo convincente para eliminá-lo rapidamente e varrer essa organização vil da face da terra".
As declarações foram feitas após o Hamas - que controla de fato a Faixa de Gaza e é considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia - ter anunciado que havia escolhido Sinwar, chefe do grupo terrorista dentro do enclave palestino, como seu principal líder político para substituir Haniyeh, morto há uma semana em Teerã, em um ataque atribuído a Israel, que não assumiu a autoria.
"A escolha de Sinwar como líder do movimento é uma mensagem para a ocupação [israelense] de que suas ameaças não assustam os líderes da resistência e não afetarão as decisões", disse Taher al Nono, assessor de imprensa do escritório político do grupo terrorista Hamas, à rede Al Jazeera, do Catar.
A Jihad Palestina, outro grupo terrorista que atua em Gaza, parabenizou o Hamas pela decisão, dizendo que era "uma forte mensagem para o inimigo sionista de que o Hamas continua forte e coeso, e que o inimigo não afetou sua estrutura apesar da guerra de extermínio".
Fonte: Gazeta do Povo