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Congresso contra o fascismo? - Na Venezuela?
Política Internacional
Publicado em 21/08/2024

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que um congresso mundial "contra o fascismo, o neofascismo e expressões similares" seria realizado em uma data ainda não definida, com o objetivo de trocar estratégias para combater essa ideologia com a qual o presidente vincula a oposição majoritária em seu país.

"Vamos realizar aqui na Venezuela, o epicentro mundial da luta contra o fascismo, o grande congresso (...) para nos nutrirmos de ideias, propostas e aperfeiçoar as estratégias da Venezuela, que está defendendo seu direito à vida, à paz, ao futuro", disse o líder chavista durante uma reunião com líderes do governista Partido Socialista Unido (PSUV).

Nesse sentido, ele pediu que fossem convidadas personalidades "de todos os continentes", incluindo pensadores, intelectuais, artistas, líderes sociais e políticos, sem mencionar ninguém em particular.

O anúncio de um "congresso mundial" ocorre dois dias depois que o presidente pediu ao Parlamento controlado pelos chavistas que aprovasse "muito rapidamente" uma lei contra o fascismo, cujo conteúdo "prejudica o espaço cívico e democrático", de acordo com o alto comissário da ONU para direitos humanos, Volker Türk.

Maduro considera que a principal coalizão de oposição, a Plataforma Democrática Unida (PUD), é liderada por fascistas, uma acusação que ele reiterou após as eleições de 28 de julho, nas quais foi proclamado vencedor, e que foi questionada dentro e fora do país.

A PUD alega que seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições por uma ampla margem, o que o governo vê como um plano "golpista e fascista" contra ele.

Fonte: Gazeta do Povo

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