Por Karina Michelin
O Supremo Tribunal da Venezuela valida a fraude eleitoral de Nicolás Maduro declarando-o vencedor das eleições sem apresentar as atas, quem contestar será criminalizado perante a “lei”.
O Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela, um corpo de magistrados controlado pelo chavismo, confirmou nesta quinta-feira, 22 de agosto, os resultados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sobre as eleições de 28 de julho, que proclamaram Nicolás Maduro vencedor em uma competição marcada por irregularidades e qualificada como fraude por grande parte da comunidade venezuelana e internacional.
“Esta sala declara, com base na perícia realizada e fundamentada no relatório elaborado por especialistas nacionais e internacionais, de forma incontestável, a validade do material eleitoral iniciado e valida os resultados das eleições presidenciais” - disse a presidente do Tribunal, Caryslia Rodríguez.
Essa reafirmação do resultado ignora as denúncias apresentadas pelo comando da oposição, liderado por María Corina Machado e pelo ex-candidato Edmundo González, além das manifestações contra a fraude que abalaram várias cidades da Venezuela e do mundo.
O TSJ da Venezuela cita o TSE brasileiro para justificar o “exemplo de democracia”. O TSJ de Maduro, diante desta decisão arbitrária não tem legitimidade e são parte de uma máquina repressiva do regime que continua a perseguir e incriminar opositores.