Oito pessoas morreram e 2.750 ficaram feridas nesta terça-feira (17) após a explosão de pagers usados por membros do Hezbollah, no Líbano.
Os incidentes começaram nos subúrbios ao sul de Beirute, área controlada pelo Hezbollah, e se espalharam por outras regiões do país.
O ministro da Saúde do Líbano, Firas Abiad, acusou Israel de coordenar a ação. O Hezbollah reiterou a acusação em comunicado, prometendo "punição justa".
As Forças Armadas de Israel não se pronunciaram, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu instruiu seus ministros a evitarem comentários. Cidades no norte de Israel foram alertadas sobre o risco de escalada.
O Hezbollah relatou três mortes iniciais, incluindo uma menina e dois combatentes. Fontes de segurança disseram que um dos mortos é filho de um alto escalão do grupo. As explosões, que duraram cerca de uma hora, começaram às 15h45 no horário local.
Os pagers, comuns antes dos celulares, foram hackeados, segundo a Al Jazeera. Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, havia recomendado que seus combatentes abandonassem smartphones devido à vigilância israelense. O governo libanês pediu que os cidadãos descartassem os pagers imediatamente.
A Cruz Vermelha Libanesa mobilizou 50 ambulâncias e 300 equipes médicas para ajudar as vítimas. O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, foi ferido, mas está fora de perigo.
Um representante do Hezbollah afirmou que as explosões dos pagers representam "a maior falha de segurança" do grupo em quase um ano de conflito com Israel. Ramy Khoury, da Universidade Americana de Beirute, considerou o incidente "o mais perigoso" enfrentado pelo Hezbollah nos últimos anos.
Ele afirmou que o ataque mostra uma capacidade de inteligência israelense além do esperado.
Fonte: Conexão Política
O incidente gerou pânico e levou o governo a convocar profissionais de saúde para os hospitais. Um jornalista da Reuters relatou ver membros do Hezbollah feridos, com ambulâncias socorrendo rapidamente as vítimas em meio ao caos.
O impacto das explosões, capturado por câmeras de segurança em Beirute, mostrou a gravidade da situação, intensificando a tensão no país e no Oriente Médio.
Fonte: Conexão Política