Por Karina Michelin
A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) realizou nos dias 20 e 21 de setembro, na Barra Funda, em São Paulo (SP), o que eles dizem ser o “maior evento da história da entidade no país para chamar a atenção do governo e da sociedade civil sobre o genocídio em curso contra o povo palestino.”
Um dos objetivos estratégicos da Fepal, é viabilizar uma “aproximação estratégica”, do ponto de vista da comunicação, com as universidades brasileiras, que classificam como “um grande campo de enfrentamento para torná-las território livre com apartheid”.
Fabio Bosco do PSTU ( Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado) fez um discurso exigindo a aniquilação do povo judeu. Segundo ele “não há solução de paz para o Oriente Médio senão por fim ao Estado de Israel”, por isso defendem: “Palestina Livre do Rio ao Mar.”
Um slogan enganoso que alimenta ilusões perigosas e letais. Serve os desígnios dos jihadistas e dos líderes palestinos que prosperam nos conflitos. É delirante e imperdoável quando gritado por estudantes seculares no Ocidente.
O grupo terrorista Hamas ( que o PSTU é aliado) disse e repetiu claramente que, “Libertar a Palestina do rio até ao mar” é um apelo a um Estado árabe-muçulmano palestino que abranja todo o Estado de Israel moderno. Um slogan que torna um apelo explícito à aniquilação do Estado Judeu e ao genocídio dos Judeus, que o Hamas admite de bom grado e Fabio Bosco também.
Quando os estudantes no Ocidente são usados por Federações como a FEPAL, e gritam o mesmo slogan, estão infelizmente a promover um conjunto de crenças religiosas e um sistema estatal teocrático ao qual eles próprios nunca adeririam ou se submeteriam.
Pior ainda, impedem o progresso palestino ao alimentarem a falsa esperança de que um Estado palestino irá um dia substituir o Estado judeu, em vez de coexistir com ele.
A recusa da liderança palestina em optar pela coexistência em vez da aniquilação foi, e é, uma das principais causas do sofrimento do povo palestino durante 76 anos.