O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais americanas. Em um discurso em Sochi, Putin demonstrou interesse em restabelecer as relações com os Estados Unidos, mas pontuando que a iniciativa dependerá do lado norte-americano.
Durante a campanha, Trump afirmou que poderia encerrar a guerra na Ucrânia rapidamente, mas não explicou como faria isso. O republicano também mencionou ter um relacionamento “muito bom” com Putin. No entanto, o presidente russo, ao comentar sobre o novo governo americano, afirmou que ainda é cedo para entender como Trump agirá em seu segundo mandato.
“Qualquer intenção de restaurar relações e facilitar o fim da crise com a Ucrânia merece nossa atenção”, disse Putin, acrescentando que está aberto ao diálogo com Trump, caso o republicano deseje retomar os contatos.
No mesmo dia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi firme ao declarar que ceder a Putin seria “inaceitável” e um “suicídio” para a Europa. Trump, por sua vez, já sugeriu anteriormente que poderia reduzir ou até mesmo encerrar o apoio militar à Ucrânia.
Apesar das declarações conciliatórias de Putin, um porta-voz do Kremlin lembrou que os Estados Unidos são, historicamente, um país hostil à Rússia, e que a postura americana nos últimos meses foi marcada por um tom ameaçador em relação a Moscou. Ainda assim, Putin indicou que aguardará a nova abordagem de Washington em questões como a política nuclear.
Putin também elogiou a resiliência de Trump durante a campanha, observando como o republicano lidou com as duas tentativas de assassinato que sofreu. “Fiquei impressionado com a postura de Trump nesses momentos. Ele demonstrou coragem e agiu como um verdadeiro homem”, afirmou o líder russo.
Por ora, Trump disse que ainda não conversou diretamente com Putin, mas acredita que esse diálogo ocorrerá muito em breve.
O Hamas reagiu à vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos com um comunicado direto sobre a situação no Oriente Médio. O grupo terrorista informou que espera que a nova administração norte-americana “trabalhe seriamente para encerrar a guerra” na Faixa de Gaza.
A fala veio logo após Trump pedir ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que buscasse resolver o conflito até sua posse em 20 de janeiro. O Hamas externou que, diante da vitória de Trump, é necessário ouvir as “vozes que têm sido levantadas pelo público dos EUA há mais de um ano” em relação à ofensiva israelense na região.
A mensagem pede também que a nova administração tome medidas para interromper o que eles chamam de “genocídio e agressão” contra palestinos tanto em Gaza quanto na Cisjordânia. Além disso, o Hamas solicitou o cessar-fogo no Líbano e o fim do apoio militar e político dos EUA a Israel.
Sami Abu Zuhri, um porta-voz do grupo terrorista, afirmou que Trump será testado por sua declaração durante a campanha de que poderia acabar com o conflito em Gaza “em um único dia”.
Zuhri também sugeriu que Trump deve aprender com os erros da administração Biden, especialmente em relação ao apoio militar a Israel, que, segundo ele, intensificou o sofrimento dos palestinos.
Fonte: Conexão Política