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Cristãos socialistas - A devoção dos iludidos
Religião
Publicado em 22/12/2022

Thiago Cortês

Cantores gospel problematizando hinos cristãos e promovendo divisão racial dentro das igrejas. Líderes de jovens trazendo o vabulário da luta de classes em seus “devocionais”. Pastores comparando evangélicos conservadores à nazistas.

De onde veio tudo isso?

Esses são episódios mais visíveis e recentes do esquerdismo no meio protestante, mas eles são apenas frutos de um processo que começou há décadas com a Teologia da Missão Integral (TMI).

Sofrendo de óbvia influência marxista a TMI introduziu no meio evangélico, em especial nos cursos de teologia e missões, o imaginário marxista dos opressores e oprimidos, transformando Cristo em uma figura revolucionária.

Se hoje temos um Leonardo Gonçalves falando abertamente das maravilhas do projeto petista de poder, isso acontece hoje por houve uma semeadura de heresias décadas lá atrás, no começo dos anos 1960.

Hoje a elite da TMI é representada por burgueses que sofrem de culpa social. Tipos como Ed René Kivitz e Ricardo Gondim. Mas no princípio havia René Padilla, com ardor revolucionário em falas explosivas para platéias em Lausanne, na Suiça.

“O comunismo é um juízo de Deus sobre as igrejas e os cristãos. É o justo para com um povo que se diz cristão, mas não é fiel à sua vocação revolucionária”, escreveu Padilla em “O que é Missão Integral”.

Padilla faz apologia marxista dentro do meio protestante há décadas. Desde o Congresso de Lausanne, em 1974, ele tem influenciado a formação de pastores evangélicos das mais diversas denominações.

A TMI foi adotada por mais de 500 missões cristãs e organizações, incluindo a Visão Mundial. Hoje os apologetas da TMI são mais sutis. Aprenderam com o passado, quando a TMI chamou muita atenção e foi combatida com sucesso até por Billy Grahm.

Kivitz jamais chamará a si mesmo de revolucionário. Ele se diz apenas um “cristão” preocupado com as injustiças. Mas o marxismo já habita seu imaginário e seu vocabulário.

Kivitz nada sabe das injustiças contra cristãos na Nicaraguá, ou em Cuba ou na Venezuela. Mas acha ofensivo o bolsonarismo. Toda uma geração de pastores, adoradores e evangélicos está agora prostada diante de um novo ídolo: o progressismo.

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