Por Eduardo Bolsonaro
Há mais de três décadas um grupo de policiais foi convocado para controlar aquela que talvez tenha sido a mior de todas as rebelões em presídios do Brasil. Quando chegaram ao Carandiru encontraram um situação completamente fora de controle e extremamente perigosa.
Como era de se esperar em uma situação como essa, alguns rebelados acabaram perdendo a vida no conflito com a polícia.
Por conta da pressão midiática e de opiniões oportunistas e demagógicas de pessoas que não estavam envolvidas diretamente no conflito e não entendem os grandes riscos de uma operação como essa, os policiais envolvidos no caso foram tratados, não como agentes públicos que colocaram a vida em risco para garantir a segurança, mas como promotores de um massacre.
Hoje a justiça foi feita. Policiais Militares que entraram onde nenhuma mãe sequer permitiria que seus filhos entrassem e cumpriram sua missão. Local que guardava as pessoas mais perigosas do país. Sofreram, mesmo com a esmagadora maioria da sociedade apoiando-os.
Tentaram após 30 anos prendê-los, passando por cima da corajosa decisão do desembargador Ivan sartori e seus colegas do tribunal do júri numa perseguição jamais vista. Foi o mais longo processo do tribunal do júri da história do Brasil.
Nunca vi sequer um assassino de policial ou estuprador de criancinha passar por isso. Acusações genéricas sem individualização da conduta ou da pena, não prescrição, lembrando que os fatos são de 1992 e apenas em 1994 a acusação de homicídio qualificado passou a ser crime hediondo - ou seja, não era hediondo à época - dentre outros argumentos jurídicos.
Parabéns a todos que contribuíram, ainda que hoje não estejam nos holofotes, com o indulto natalino do único presidente que seria capaz de fazê-lo: Jair Bolsonaro.
Que tenham hoje, estes já senhores, finalmente o sono dos justos e um Feliz Natal tranquilo em família.