Por Henrique Bredda
No final de sua vida, depois de todas as atrocidades e mortes causadas por sua soberba e vaidade, exilado em Santa Helena, Napoleão se converteu. Morreu com sacramentos e confissão em dia.
Sempre é tempo.
Por incrível que pareça, Napoleão Bonaparte falando sobre Jesus Cristo:
“Quanto mais me acerco, tanto mais eu cuidadosamente examino, tudo está acima de mim; tudo permanece grandioso — de uma grandeza que subjuga. Sua religião é uma revelação de uma inteligência que certamente não é de homem. Existe ali uma originalidade profunda que criou uma série de palavras e de máximas outrora desconhecidas. Jesus em nada se apropriou da nossa ciência. Não se pode achar absolutamente em lugar nenhum, senão nele, a imitação ou o exemplo de sua vida. Ele não é um filósofo, visto que avança por meio de milagres; e, desde o começo, seus discípulos o adoraram. Ele convenceu-os antes por um apelo ao coração do que por qualquer demonstração de método e de lógica. Tampouco lhes impôs quaisquer estudos preliminares ou qualquer conhecimento das letras. Toda a religião dele consiste em crer.”
"Na verdade, as ciências e a filosofia de nada aproveitam para a salvação; e Jesus veio ao mundo para revelar os mistérios do céu e as leis do espírito. Outrossim, ele nada tem que vez senão com a alma; e somente a esta traz o seu evangelho. A alma lhe é suficiente, tal como ele é suficiente para a alma. Antes dele, a alma nada era. A matéria e o tempo eram os senhores do mundo. Pela sua voz, tudo retorna à ordem. A ciência e a filosofia tornam-se secundárias. A alma reconquistou sua soberania. Toda a tribuna escolástica desmorona, qual edifício arruinado, ante uma só palavra — fé.”
"Que mestre, e que palavra capaz de efetuar tamanha revolução! Com que autoridade ensina os homens a orar! Ele impõe sua crença; e ninguém, até agora, foi capaz de contradizê-lo; primeiro, porque o evangelho contém a mais pura moralidade; e também porque a doutrina de obscuridade que contém é tão somente a proclamação e a verdade daquilo que existe onde nenhum olho pode divisar e onde nenhuma razão pode perscrutar."