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Uso de máscara - Proteção ou ilusão?
Saúde
Publicado em 15/02/2023

Na segunda-feira (13) o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, emitiu um ofício endereçado ao diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fazendo duras críticas à continuidade da política da última de obrigar “passageiros, tripulantes e funcionários” de aeroportos a usarem máscaras para conter a Covid-19.

“Máscaras como sinalização de virtude ou como medida de sensação de pertencimento social jamais podem ser impostas a pessoas que não compartilham de tais ideologias ou comportamentos”, arrematou Gallo, após uma revisão de artigos científicos.

O documento de oito páginas começa com um reconhecimento de que “a maioria dos tópicos ligados ao [vírus] SARS-CoV-2” são controversos, inclusive a obrigatoriedade das máscaras.

Em seguida, Gallo volta a atenção para 16 estudos favoráveis à eficácia das máscaras para barrar a transmissão do vírus ou que tratam de mecanismos pelos quais isso poderia acontecer.

O presidente do CFM resume os resultados de cada um deles, apontando potenciais problemas como não ter considerado o tipo de máscara (de tecido ou cirúrgica), o uso de modelos matemáticos que pressupõem a eficácia, o contexto de uso das máscaras avaliado, “pressupostos inverossímeis, estimativas mal fundamentadas”, “análises estatísticas inadequadas”, “vieses de observação e fatores de confusão”.

Alguns dos próprios estudos reconhecem limitações e afirmam que, embora suas evidências sejam positivas, não são suficientes para estabelecer que as máscaras funcionam.

Na quarta página, Gallo volta a atenção para 15 estudos cujos resultados indicam ineficácia das máscaras, também resumindo os resultados e apontando potenciais limitações.

Um dos estudos pioneiros, de 2006, considerou as propriedades físicas das máscaras, propondo que havia uma possibilidade de até piorarem o risco de infecção.

Com informações da Gazeta do Povo

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