Quando se falou no retorno dos impostos que eram atrelados aos combustíveis e que foram retirados pelo governo passado, apareceu até comentarista de TV para elogiar a medida e dizer que ela não afeta os pobres.
Quem fez esse comentário absurdo, no intuito de puxar o saco do governo, esqueceu de que o motoboy, o taxista, o motorista de aplicativo, boa parte do frete de mercadorias e tantas outras atividades realizadas por pessoas que não são necessariamente ricas, dependem diretamente dos combustíveis e portanmto sofrem influência direta do aumento de preço.
O governo Lula decidiu retomar a cobrança de tributos federais sobre os combustíveis, o que deve elevar o preço do litro da gasolina e o do etanol a partir desta quarta-feira (1º). O modelo de tributação, no entanto, será diferente do praticado até o ano passado, onerando mais o combustível fóssil.
A medida representa uma vitória da equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a ala política do PT, que defendia prorrogar a isenção de PIS, Cofins e Cide sobre os produtos, válida apenas até esta terça-feira (28).
Para o ministro, a volta imediata dos tributos é essencial para o equilíbrio das contas do governo federal. No pacote de ajuste fiscal anunciado em janeiro, ele incluiu o fim da desoneração a partir de março como medida responsável por garantir R$ 28,88 bilhões em receita até o fim do ano.
De acordo com o Ministério da Fazenda, as alíquotas a serem cobradas por combustível ainda serão definidas e devem ser divulgadas ainda nesta segunda-feira (27). O que está acertado é que ficarão assegurados os R$ 28,88 bilhões de arrecadação adicional com a retomada dos tributos.